Conclusões do inquérito Sinais Vitais | junho 2021

A CIP apresentou ontem, em conferência de imprensa, os resultados do inquérito Sinais Vitais feito no início de novembro às empresas em Portugal sobre a sua situação atual e as expectativas que têm para este ano, mas também sobre a avaliação que fazem das medidas definidas para combater a pandemia de covid-19.

As principais conclusões do inquérito foram as seguintes:

  • A percentagem de empresários e gestores que consideram que os programas de apoio estão aquém (ou muito aquém) das necessidades aumentou de 82% para 87%;
  • A opinião sobre a carga burocrática nos apoios também piorou, passando de 68% para 72% a percentagem de respondentes que consideram o processo burocrático;
  • A perspetiva de impacto do PRR também piorou, sendo que só 8% considera que terá impacto significativo na sua atividade, contra 12% em Setembro;
  • A percentagem de empresas respondentes que afirmaram estar em pleno o funcionamento passou de 95% para 93%, por oposição percentagem de empresas parcialmente encerradas, que registou um acréscimo de 4% para 7%;
  • A percentagem de empresas que registou uma diminuição de vendas em outubro de 2021, face a 2019, aumentou para 43%, contra 38% em agosto. Estas empresas diminuíram em média cerca de 1/3 as suas vendas no período em análise;
  • Verifica-se uma ligeira melhoria nas encomendas em carteira em novembro, face a setembro, com a diminuição do número de empresas a reduzir encomendas (27% para 25% em setembro);
  • Em termos de previsão de vendas até final de 2021, face ao período homólogo de 2019, existem mais empresas a prever uma redução (39%) do que as que preveem um aumento (31%). Este indicador melhorou ligeiramente face ao inquérito de setembro, exceto nas grandes empresas ;
  • Na evolução de Recursos Humanos, existe maior número de empresas a prever aumento (12%) , do que diminuição (8%), embora os valores médios de diminuição sejam maiores do que o aumento (24% contra 10% ). Contudo, merece destaque o aumento do número de empresas que considera vir a manter os postos de trabalho, passando de 73% em setembro para 80% em novembro;
  • Relativamente à previsão da evolução do investimento para 2022, face a 2919, existem mais empresas a considerar aumentar (32%), do que a diminuir (20 %).

Aceda às conclusões finais do inquérito aqui e assista à conferência de imprensa aqui.

A APQ colabora com a CIP na divulgação deste inquérito junto das organizações associadas. Este inquérito integra a terceira fase do Projeto Sinais Vitais, desenvolvido pela CIP, através das associações que a integram, em conjunto com o Marketing FutureCast Lab do ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa, com o objetivo de recolher informação atualizada sobre a posição dos responsáveis pelas empresas portuguesas e sobre o impacto que diferentes situações têm nestas, no quadro da situação de exceção provocada pela pandemia de covid-19.