“Um ativo é um bem, uma coisa ou uma entidade, que tem um valor potencial ou real para uma organização. O valor (…) pode ser tangível ou intangível, financeiro ou não financeiro. (Fonte: NP ISO 55000:2016)

Os ativos são um dos pilares base, de qualquer organização, para assegurar a capacidade de fornecer os seus produtos e/ou prestar os seus serviços.

Seja no setor público ou privado e sejam os ativos tangíveis (exemplo: físicos, financeiros, humanos, …) ou “intangíveis” (exemplo: conhecimento, reputação, …), é necessário geri-los. Uma gestão de ativos eficaz deve ser abrangente e estruturada englobando o planeamento coordenado e otimizado, a seleção dos ativos, a aquisição/desenvolvimento, a utilização, a manutenção e o fim de vida dos ativos.

O equilíbrio entre custo, risco e desempenho, ao longo de todo o período de vida dos ativos, proporciona o enquadramento para uma gestão eficaz dos mesmos contribuindo, desta forma, para a maximização da capacidade de uma organização para fornecer os seus produtos/serviços. Esta maximização permite que as organizações potenciem o cumprimento dos seus objetivos e reduzam os seus custos financeiros, ambientais e sociais, mitiguem os seus riscos, aumentando, em simultâneo, o desempenho dos seus ativos, a resposta às expectativas das suas partes interessadas e a qualidade entregue aos seus clientes.

A ISO 55001 (Gestão de Ativos – Sistemas de Gestão – Requisitos) fornece uma abordagem estruturada, suportada num conjunto de requisitos, para a conceção, implementação, manutenção e melhoria de um sistema de gestão de ativos. Esta norma é aplicável a qualquer tipo de organização independentemente da sua dimensão, do seu tipo de atividade e das características dos seus ativos.

Os 3 grandes pilares da gestão de ativos (de acordo com a ISO 55001) são:

  •  Planeamento (Requisito 6) – o planeamento, muito baseado na gestão do risco, tem, como principal propósito, assegurar que o sistema de gestão de ativos atinge os seus objetivos (e, em consequência, os da organização) através da redução dos efeitos indesejáveis e da identificação de oportunidades de melhoria. A gestão do risco fornece informação crucial para a tomada de decisão.
  • Operacionalização (Requisito 8) – a operacionalização materializa as ações decorrentes do planeamento. A definição de responsabilidades, disponibilização de recursos, a implementação e controlo dos processos são elementos preponderantes para o desempenho otimizado dos ativos. A operacionalização deverá, igualmente, abordar os temas da gestão da mudança e da subcontratação tendo em conta o impacto que estes podem ter no desempenho dos ativos.
  • Avaliação de desempenho (requisito 9) – A monitorização, medição, análise e avaliação do desempenho dos ativos deve ser efetuada de forma estruturada e sistemática a fim de permitir a obtenção de dados que suportem a melhoria do desempenho do seu sistema de gestão de ativos e, em particular, dos seus ativos.

Uma gestão de ativos eficaz permite, às organizações, planear e suportar as decisões de investimentos a fazer ou, no limite, a evitar. Ao potenciar o desempenho e prolongar a vida dos ativos é possível aumentar o retorno obtido destes investimentos, maximizando a criação de valor e a satisfação de todas as partes interessadas com um foco muito particular na satisfação do cliente.